domingo, 23 de maio de 2010

Semana de altos e baixos

É no mínimo curioso.

Essa semana foi de muitas alterações no meu desempenho. O que não deixa de ser um bom treino. A primeira surpresa foi a natação. Vinha nadando de 4 a 5 vezes por semana nas duas últimas semanas. Evitando  sobrecarregar o joelho com corridas e principalmente pedal. Ainda não entendi direito o que tive, provavelmente uma tendinite boba. Então o que fiz? Nadei mais, musculação, gelo e muito alongamento. Não precisei tomar nenhum remédio - mesmo porque não gosto - apenas massagem com cataflan gel (que não deixa de ser remédio né?!).

O que aconteceu na sexta? Depois de vários treinos acima de 3000 metros, quebrei na natação. 1500 metros e comecei a ficar tonto - mais do que sou - e enjoado. Tive que parar. Um bom banho, bacalhau na hora do almoço com uma garrafa de vinho verde português da região do Minho e a coisa votou ao normal. A noite 18km de longo de corrida como se nada tivesse acontecido.

Hoje fui pedalar em Romeiros. Treino duro como sempre. Quebrei de novo, mas dessa vez não tive opção. Lá você quebra e ainda tem 40km com muita subida e vento contra. Coloquei um ritmo mais lento, e com a ajuda da roda do Marquinho consegui recuperar o ritmo. Lógico que não subi a famigerada "subida do calaboca" no ritmo que estou acostumado, mas tudo bem. Chegando em Pirapora corri super bem os 8km que estavam programados, dessa vez aliviando o ritmo para não deixar meu companheiro na mão depois que ele foi tão solidário. O interessante é que era falta de perna mesmo, a frequência cardíaca tava normal, e não me senti cansado. Acho que tá na hora de ir na nutricionista. To desconfiado que o problema tá por aí e também o stress que passei na semana passada.

A grande coisa é que não tive nenhuma dor no joelho. To recuperado, ufa... 

Em tempo, amanhã reunião com a Abrale e Skarp pra definir as ações pro Troféu Brasil e 70.3 de Penha.

Fui.. o cérebro agora tá entrando em modo de espera

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aos meus amigos que irão fazer o Iron daqui a alguns dias

Esse ano acompanhei mais de perto os treinos pro Ironman. Pra quem não sabe, a prova irá acontecer no fim do mês em Floripa com as ridículas distâncias de 3.800m de natação, 180km de bike e 42km de corrida.

Quem não treina pensa que é insano, quem treina tem certeza.

De qualquer maneira, esse últimos dias de treino serão para descansar. Está na hora. O treino que deveria ter sido feito já foi. Nesse momento a prioridade é descansar. Mas isso para um ironman não é ficar de pernas pro ar, é continuar num ritmo maior que a maioria de nós treina. É lógico que depois de fazer 180km de bike num sábado qualquer, seguido de uma corrida de 28km no domingo, continuar treinando durante a semana normalmente é algo cansativo. Não só pelo aspecto físico, mas pela logística envolvida e os longos períodos de tempo dedicados aos treinos e recuperação. Pra quem trabalha é difícil, pra quem trabalha e tem família, mais ainda.

Mas você não ve esses seres especiais reclamando não. Aliás reclamam muito menos que os triatletas normais (se há algo de normal em ser triatleta). Estão lá cuidando para não emagrecer demais, para não ter uma lesão de última hora, administrando as dores e nesse momento começando a cuidar com quem pedalam para evitar um tombo ou um susto maior.

É um clube fechado. Para entrar você precisa fazer um compromisso com você mesmo, com mais ninguém. E se vencer, será aceito de braços abertos. Em uma abertura da trasmissão de um Ironman do Hawaii o locutor diz mais ou menos isso em uma tradução livre:

" Na verdade existe apenas dois tipos de pessoas: aquelas que dizem que não podem e aquelas que dizem eu posso. Essas pessoas se encontraram aqui, de maneira individual, por suas 1700 diferentes razões. Sua união vem de seu mantra "eu posso", e do seu destino, um lugar que eles tem que chegar de qualquer maneira. O que eles farão para chegar lá é monumental para os padrões de qualquer um, inclusive deles mesmos. O desconhecido, nós todos tememos, e nesse momento há um oceano cheio de medo."

Em outro momento ele diz: "Você pode desistir e ninguém vai dar bola, mas você sempre saberá disso".

Espero chegar lá o ano que vem, tenho dado os passos da maneira planejada e apesar de ter que segurar minha ansiedade, a opção por um plano de treinamento de três anos tem se mostrado acertada. Gostaria de estar lá com vocês competindo, mas terei que me contentar em assistir.

Para os que acompanhei mais de perto fica aqui meu desejo de boa sorte, alguns vão fazer pela primeira vez, outros pela segunda, terceira ou mais. Para a turma do MPR, Diogo, Felipe, Rodrigo, Renato, Flavinho, Clau. A Nilma de Botucatu, A Roselaine que conheço do Facebook e conhece todos que conheço menos eu. O Álvaro Gusso de Curitiba, que tá treinando forte. 

Desejo boa sorte pra vocês. Que essa experiência seja tudo que vocês esperam e mais um pouco. Estarei lá para dar uma força a vocês. Daqui a duas semanas vocês poderão dizer, eu posso, sou um ironman.

Para vocês eu tiro o chapéu, ou melhor, boné.

Fui.... treinando para ter a minha chance de ser ironman

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Qual a relação?

Alguém que lê este Blog pela primeira vez, ou mesmo pela décima vez pode fazer a seguinte pergunta: Por que ler e acompanhar um blog sobre os treinos de um triatleta amador pode ajudar a causa principal do TPUC?

Vou tentar responder.

Se você for um triatleta, ou qualquer tipo de atleta amador que se dedicou com bastante paixão ao esporte, terá uma concepção razoável do que faço. O esforço para manter um nível alto de treinamento, que incluí além das sessões frequentes de treinamento, o preparo de alimentação, logística, lidar com cansaço e sono, e logicamente, trabalho. Conciliar trabalho e treinamento é uma loucura e muitas vezes nos pegamos fazendo loucuras. 

Se você não é triatleta vou tentar explicar: esse esporte não é somente aquele momento da prova. As horas ou minutos de uma prova são apenas reflexos do que você faz no dia a dia. Temos um treinamento muito intenso e que demanda um tempo enorme. É um esporte que nos torna bastante egoístas e introspectivos pela sua natureza. Compensamos isso treinando em grupos e tentando interagir, mas não é fácil, é da nossa natureza. Pelo menos da minha (ser introspectivo não egoísta).

O que quero dizer é que, dedicando um pequeno tempo do meu dia para atualizar o blog e trazer algumas impressões sobre o treino de triathlon, seu estilo de vida e os sacrifícios necessários para me manter com um alto rendimento neste esporte e percorrer aqueles quilômetros de uma prova, me dedico diariamente ao projeto. Doar um real por km percorrido em prova, é me doar todos os dias ao treinamento, alimentação, sono, descanso, equipamentos e vida pessoal.

Doar simplesmente é louvável e necessário. Me doar é muito mais. É tentar trazer outros para o projeto,  inspirar um estilo de vida mais saudável, procurar ajudar o próximo e motivar a boa vontade. Cada km de prova custou muito tempo, dedicação, e principalmente determinação. Foco no objetivo para vencer o desânimo que as vezes aparece.

Isso é quase um desabafo, e escrevo em um momento que tive algumas semanas ruins de treino. Começou com excesso de trabalho. Em seguida a dor no joelho. Depois veio uma queda na motivação. Mantive os treinos diários durante esse período, mas muito aquém do que posso e preciso para atingir as metas do ano. O que aconteceu hoje? Super treino pela manhã, tiro de 6km a 4:10min o km e 3100m de natação no almoço. Estou de volta, me aguentem.

Fui... com gás pra muito mais

terça-feira, 11 de maio de 2010

Treino em Bauru

Sair da rotina é bom, mas duas vezes seguidas??

Voltei de Curitiba na segunda e fui para Bauru, interior de São Paulo, na quarta. Fiquei até domingo por lá.

Bom lugar pra treinar. Consegui pedalar na quinta e sábado, correr nos outros dias e nadar um dia só. Marquei um pedal no sábado em Botucatu com a Nilma mas acabei cancelando um dia antes pois ia ficar muito corrido para mim. 

Estava lá para a Copa Davis de Tênis. Confronto entre Brasil e Uruguai e valeu uma vaga para o play off da taça e a possibilidade do Brasil voltar a Elite do Tênis mundial. Foi muito bom ver os jogos e acompanhar a equipe brasileira. Tivemos convidados especiais como Guga e Sareta, que já não jogam mais, além de Belucci que ocupa hoje a posição 26 do ranking da ATP. Joga muito.

A equipe uruguaia foi super simpática e o pessoal da CBT (confederação brasileira de tenis) também. Tivemos conosco também os árbitros internacionais e outros convidados da ITF (federação internacional de tenis).

É gostoso acompanhar uma competição internacional e sentir o clima do esporte durante alguns dias. Como patrocinador tive um bom acesso as áreas de camarotes, quadra e equipes, sem contar que hospedamos as duas equipes e tivemos a companhia dos jogadores durante as refeições no hotel.

Os treinos sofrem um pouco, mas o espírito esportivo não. Agora tenho que voltar o foco para o Triathlon, rumo ao ironman 70.3 em Penha em Agosto.

fui.... ainda meio preguiçoso

terça-feira, 4 de maio de 2010

Treino em Caiobá

As vezes sair da rotina faz bem!


Sexta-feira fui para Curitiba. Vários motivos. Trabalho, um casamento, ver a Gabi e principalmente estar com meus pais na comemoração das Bodas de Ouro deles. Pense bem.... 50 anos de casados, impressionante. Que exemplo. Jantamos todos juntos no domingo a noite, fotos de família e tal, foi muito bom. Pra quem tá longe a maior parte do tempo isso faz muita diferença. Volto com um aperto no coração de não passar mais tempo com eles, mas feliz de ver uma união tão forte quanto essa.

No sábado fiz meu treino longo de corrida, 18km pelas ruas de Curitiba. Como é gostoso correr por lá. Saí meio sem rumo, e fiz um trajeto para acabar os primeiro 9km na casa do Marcelo, irmão ex-triatleta. Acho que acordei ele, mas tudo bem, tomei uma água, conversamos por alguns minutos e continuei correndo até completar a distância. Um pouco de dor no joelho no fim, mas nada demais.

Domingo peguei o Alcy , o irmão triatleta, as 6 horas da manhã e fomos para Caiobá fazer um treino longo de bike. Fazia muito tempo que ele não percorria uma distância longa e Caiobá foi perfeita pra isso. Para quem não conhece, o treino é todo plano, asfalto impecável e nessa época não tem quase movimento de carros. Perfeito. Quando chegamos por lá, a temperatura era de 16 graus, na serra tava 14. 

Pouca gente sabe aproveitar a praia com frio, mas alguns Curitibanos e gaúchos gostam, como sou os dois, pra mim é perfeito. Posso até dizer que prefiro a praia no inverno. Menos gente, mais onda e temperatura perfeita pra treinar.

Os primeiros 40km foram ótimos, numa boa média e com um friozinho que exigia um manguito apenas. O sol brilhava mas não esquentava ainda. Fizemos uma parada, tiramos a foto lá de cima e ouvi um estalo na minha bike. Foi-se um raio da roda traseira... roda empenou, lógico e tive que abrir o freio e voltar com o raio enrolado em outro. Ficou esquisito, mas deu pra chegar vivo. Nunca tinha passado por isso. Não foi nada demais, mas você fica imaginando se aquela porcaria não vai desmontar inteira. 

Voltando a Caiobá, corridinha de 5k pra soltar, piscina, banho e Curitiba de volta. Conversamos bastante, rimos demais e fiquei feliz de ver que ele está totalmente comprometido com o meio iron em Penha, vai terminar bem. Tá forte na corrida e o pedal vai melhorar com o treino.

Fiquei a pé pro treino de hoje na USP, a bike só fica pronta a tarde e a outra tá esperando que eu de um pouco de atenção e troque os pneus dela, por isso hoje vai ser spinning mesmo na fórmula, tem aula 12:30 com o Beto.

Fui... com um sorriso de mais uma noite bem dormida