quarta-feira, 14 de abril de 2010

Long Distance Caiobá

Ufa! Acho que agora consigo escrever. O difícil não é completar um long distance, é conciliar a vida de atleta e a vida de pessoa "normal". Mas vamos lá....

Foi ótimo. Quem foi aproveitou, quem não foi, sempre tem o ano que vem. O melhor de tudo, para mim, é que foi uma prova entre pessoas que estão de bem com a vida.

Na sexta-feira fui para Caiobá com a Gabi. Meus pais estavam por lá também com meu sobrinho Lucas. Em seguida chegaram o Felipe, que treina na MPR e está se preparando para o primeiro Iron, com sua esposa Dani. Todos muito cansados, jantamos, um pouco de conversa e cama.

No sábado fizemos um reconhecimento de Bike, eu, Felipe e o Diogo (também MPR). 30km na estrada. Antes disso nadamos por uns 30minutos na área da prova com um mar bem agitado. Almoço lá em casa, agora também com o Diogo e esposa, a Tati, a quem a Gabriela ficou apaixonada e não para de falar e a noite o jantar de massas feito pelo Andrea Toscani, nosso amigo super triatleta, que além de tudo é chef  de cozinha, junto com sua esposa Mari e a filha Valentina . Estavam também o meu irmão Alcy, o Álvaro Gusso, curitibano treinando para o primeiro Iron, e  o Renato e Rodrigo, ambos de São Paulo que treinam também na MPR, treinando para o primeiro Iron. Sou o único fora dessa turma, meu primeiro Iron, se tudo der certo, vai ser em 2011.

O Long Distance de Caiobá 2010 começou com uma chuva chata e frio. O mar não estava tão agitado quanto sábado, mas um vento de sudoeste que trouxe a chuva, forçou a organização a inverter o percurso da natação em cima da hora, já que o vento estava causando uma corrente bem forte. As duas voltas foram feitas com tranquilidade. Larguei e corri bastante para a direita pela praia por dois motivos: pegar menos corrente e também me livrar da confusão de nadar com muita gente em volta. Deu certo, consegui colocar um bom ritmo e quase não bati em ninguém até a primeira bóia. Saí bem da natação e demorei bastante na transição. Estava com dor de garganta desde sábado pela manhã e resolvi colocar manguito para pedalar. Com o braço molhado demorou uma eternidade.

Foi um dos melhores pedais que já fiz. A distância era de 84km oficialmente. Algumas pessoas mediram no cateye 80km, mas sabe-se lá quem está melhor aferido. de qualquer maneira fiz em 02:18 líquido, ou seja na saída e chegada da transição. Dica: tenha um relógio de prova com contador de voltas. O tempo oficial normalmente inclui na perna de bike as duas transições então distorce as coisas. Eu costumo marcar os parciais na entrada e saída da transição, assim sei o tempo de cada esporte e quanto levei na transição. Seja como for, minha média de velocidade foi de 36,53km/h. Gostei. É o esporte que mais tenho dificuldade, e perder menos tempo para os outros é um alívio. Ajudaram muito as rodas da Julinha, valeu o empréstimo Ju.

Importante considerar também que saí bem para a corrida (o bike fit tá funcionando). Sem dores nas costas e com gás para acelerar. Completei a meia maratona em 01:37, já com bastante calor e sol. Sofri na última volta de 7km, mas foi bom.

O melhor de tudo foi cruzar a linha de chegada com a Gabi. ela estava ansiosa e toda concentrada para o momento. Era o momento dela, como levou a sério. Passou todos os dias me perguntando como seria e cada vez que aparecia alguém novo ela pedia para eu contar nosso "segredo", que era nosso acordo dela cruzar a linha de chegada junto comigo.

Pontos altos do fim de semana:

A Gabi.
Conhecer melhor a turma que treina comigo, o Felipe, Diogo, Renato, Rodrigo e as esposas
Minha mãe assistiu a primeira prova de triathlon da vida dela, depois de três filhos triatletas. Foi uma honra. Descobri que não é só a minha mãe que se preocupa, a do Felipe pede que ele de passagem aos outros atletas.
O Alcy fez um tempo 10 minutos mais baixo que o último short que foi a pouco mais de um mês. Tá encaixando os treinos agora
Correr em casa.
Ver meu pai bem e feliz no fim de semana
Ter a casa cheia de triatletas por dois dias

Foi ótimo. Agora preciso achar alguma prova pra maio ou somente assistir o iron em Floripa. Em junho, troféu brasil novamente.

Fui... correndo (no trabalho) e treinando em ritmo de recuperação


3 comentários:

  1. Parabens pela prova , familia é importante e quando sabemos que estão em uma prova, é como seu aguem tivesse do seu lado tempo todo , bons treinos

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  2. Parabéns pela prova e que a causa, do Triathlon Por Uma Causa, tenha se fortalecido um pouco mais, afinal, linfoma é o quinto tipo de câncer mais frequente no mundo e mais da metade da população brasileira nunca ouviu falar. Quando se trata de câncer, informação é tudo, quanto mais cedo diagnosticado, maiores as chances de cura.

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  3. Obrigado pelos comentários. Falando em ações, uma funcionária de Curitiba retornou semana passada ao trabalho depois de ter feito seu tratamento para linfoma. Ela não sabia do trabalho do TPUC e quando contei ela me passou a informação que acessa todos os dias o site da ABRALE para pegar informações e inspiração com os testemunhos de pacientes e familiares. É bacana ver que os resultados estão bem mais próximos.

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