segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dia a dia de triatleta amador


O triathlon é muito mais que o dia da prova. É o treinamento que nos faz chegar lá. E treinar é duro. Não somente o momento dos treinos, mas a logística envolvida nisso tudo.

Independentemente do seu nível nesse esporte, uma coisa eu garanto, todo triatleta treina o máximo que consegue e menos do que gostaria, e esse máximo é limitado por: trabalho, família, vida social, tempo de descanso e outras atividades cotidianas. Há também o problema das lesões e recuperações, e também a logística de alimentação e administração de materiais esportivos.

Materiais esportivos: para nós esse ítem é três vezes pior que para qualquer atleta amador. Por quê? É simples, são três esportes. Então, além de tentar encaixar treinos, alimentação, descanso, recuperação, fisioterapia, idas e vindas em médicos e exames; ainda temos que administrar os equipamentos. E trabalhar para pagar tudo isso.

Tênis de treino, de prova, para tiro, para treino longo. Bermudas, camisetas, meias de corrida (sim, existem meias específicas para corrida, e funcionam) óculos de natação, sungas, toucas e o pior, os materiais do ciclismo. Pneus, câmeras, rodas, caramanhola, co2, espátulas, bermudas, breteles, camisetas, manguitos e a tentação de comprar tudo novo quando tem os novos lançamentos.

Posso falar a verdade? Adoro isso. As vezes vou nas lojas de ciclismo só pra ficar namorando os equipamentos. Me arraste para um shopping center num dia qualquer e vou ficar irritado em 15min. Me largue numa loja de materiais esportivos e prepare-se, só saio de lá arrastado ou quando comprar alguma coisa que não preciso e que tenho mais duas em casa iguais esperando para serem usadas.

O problema todo é a velocidade com que os materiais vão se acabando. E o pouco tempo que sobra para organizar isso tudo. Tenho problema em jogar as coisas fora, portanto minha casa deve ter um estoque de pneus usados que daria para abrir uma pequena loja. Todos eles com algum problema - acho que a loja não iria longe. Furos, rasgos ou simplesmente gastos pelo uso. Todos eles carregam uma história, uma prova, um momento de treino. São testemunhas do esforço e deram sua existência pelo bem de um atleta amador. Exagero? Talvez. Mas não estou fazendo drama não. Nossos equipamentos são testemunhas dos melhores momentos de nossa vida, devem ser tratados com respeito. Com isso, ficam se acumulando no meu quarto de jogos (aquele em que jogo tudo dentro).

Alimentação: esse ponto é complicado. Todos sabemos que devemos fazer pelo menos cinco refeições ao dia, não ficar sem comer por mais de três horas e assim vai. Para mim isso é um tabu. No próximo post escreverei sobre meu relacionamento com a balança, mas por enquanto só posso dizer uma coisa. Um dos meus objetivos deste ano é passar por cima deste trauma, ir na nutricionista e começar a fazer as coisas certas. Mas esse assunto deve ser rabalhado com cuidado.

Tudo tem seu tempo.


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